terça-feira, 31 de julho de 2007

O encontro (Louco amor fim:D)


Laura depôs as flores em cima da mesa da entrada…sentou no seu almofadão, ligou a televisão, mas a sua mente preambulava….mirava o programa absorta e só pensava em quem poderia ter-lhe dado tamanhas flores…seria Luís? …não tinha esse direito, saíra da sua vida impiedosamente, sem uma explicação, deixando um mar revolto de dúvidas, no entanto o seu âmago demandava impensadamente que o fosse….a deambular em seus pensamentos adormeceu profundamente.

Na segunda-feira, ao chegar no seu local de trabalho estagnou em frente da sua secretaria, com um olhar surpreendido, pode fitar o bilhete e uma rosa vermelha que ali se encontrava:

“Querida Laura, hoje queres jantar comigo? Beijinhos…… Rui”

Rui era o seu amigo e colega, o seu confidente, aquele que esteve presente quando os seus olhos sustinham lágrimas que corriam desenfreadamente dos seu rosto, o que lhe acarinhou e abraçou, num abraço quente e reconfortante quando o seu frágil coração sangrava teimosamente por Luís, eram amigos,

Laura detinha a cabeça baixa ainda a contemplar o pequeno papel, quando sentiu a presença de Rui no seu pequeno gabinete, era um homem admirável, cortês e detentor de um certo carisma, apesar de ser um homem bonito, Laura surtia por ele um carinho amigo, nada mais…

Laura ergueu a cabeça, com um sorriso tímido, e pode ver que Rui encontrava-se a porta apoiado descontraidamente e com um sorriso largo, ávido por uma resposta:

- Olá Laura, não aceitarei uma refutação negativa!

Rui retorquiu alegremente

-Vai-te fazer bem….o fulgor no seu olhar indiciava a seu interesse por Laura.

- Vou sim….Laura disfarçou o constrangimento que sentirá ao ler os olhos de Rui, mas afinal, era seu amigo e quem sabe poderia ser um companheiro ideal, um amor racional e seguro, aquilo que tentara encontrar em Luís mas sem qualquer êxito.

Marcaram o jantar….seria as nove da noite num restaurante calmo e reconfortante da cidade.

No entanto, num bairro não muito longe dali, encontrava-se um grupo de crianças a brincarem alegremente, o calor afável que se fazia sentir possibilitava foliar livremente pela rua e as crianças freneticamente libertavam as energias acumuladas de um Inverno rigoroso.

A espreitar atentamente, tamanhas tropelias, com um olhar distante e um ar penoso desgastado pela culpa, estava luís.

- Pai!! Olha a clara como salta…eu também salto bem, não salto? ……apenas aquela pequena voz doce, anulava o seu semblante denso e angustiado, sorriu um sorriso sincero mas forçado.

-claro Inês, claro que sim…. Deixou cair novamente a cabeça, quando a filha voltou-se a envolver na folia com as restantes crianças.

Pensava em Laura e no que poderia ter acontecido se aquela trágica situação não tivesse modificado o rumo da sua vida, pensava o quanto fora covarde…se ao menos tivesse dito a verdade…

Inês aproximou-se, com as suas pequenas mãos acarinhou as faces sombrias de Luís

-Estas triste pai? Estas com saudades da mamã?

Aquelas palavras fizeram Luís relembrar as razões que o levara deixar Laura….

Ana, sua mulher, padeceu de uma doença fulminante….Luís culpara-se pela drástica situação, foi prudente, não queria que a sua mulher sofresse mais……e Laura poderia refazer a sua vida, longe de complicações…queria que ela fosse feliz!! Mas a falta que ela lhe causava, consumia-o diariamente, a incerteza de um desfecho diferente, Corroia-lhe o ser, era agora um homem consumido pela culpa e pelas dúvidas.

Eram nove horas, Laura chegou ao restaurante…..sentou-se a mesa, inquieta esperava por Rui, a bolsa caiu-lhe e ela inclinou-se, ao retornar a sua inicial posição, ficou mais uma vez atónica…Luís encontrava-se ali…não podia acreditar, mais uma vez os seus olhos se cruzaram, um olhar fugaz e ardente…confirmou a paixão que ainda sentiam…

Mas Luís apressou-se em sair…e Laura abateu o olhar, que se tornou expressivamente triste, o empregado aproximou-se:

- Deseja alguma coisa, senhora?

- Sim..poderia dizer-me se conhece aquele senhor que acaba de sair?

- Quem? O Sr. Luís?, claro minha senhora, conheço muito bem, ele costuma vir aqui muitas vezes…..e assim Laura soube o que se sucedera a vida de luís…..

Saiu apressadamente…. Fora ao seu encontro…

Fim :D

domingo, 29 de julho de 2007

O renascer (Louco amor III)



Os dias cinzentos coincidiam com a tristeza que Laura carregava consigo, a saudade e o ressentimento de um amor intenso que desfaleceu em escassos segundos transpôs-lhe um semblante fatigante. Tinha uma expressão consternada e ressentida.

Os dias eram passados entre as vindas do trabalho, um convívio insistente de colegas e amigos e por fim a solidão que encontrara, desde então, na sua reconfortante casa.

Muito tempo se passou e com ele a mágoa que Laura sentia, apesar da melancolia, a mudança de estação permitiu-lhe uma feição mais jovial e um sorriso natural. A variedade de flores e cores que a primavera apresentava tornou a dor de Laura mais suave e pouco a pouco a vontade de viver renasceu.

Gostava de sair……entrava no carro e seguia sem destino, a contemplar os verdes campos, o azul do céu, diferentes espécies de flores e a auferir os raios de sol que lhe iluminavam o rosto e acalentavam-lhe o ser.

Geralmente ao fim do trabalho Laura fazia este pequeno percurso, acumulava-se de energias e movia-se para o centro da cidade para realizar algumas compras……sentia-se, agora mais serenada.

Numa tarde, uma tarde amena e perfumada, Laura ao entrar numa loja de decoração, ficou atónita ao ouvir um timbre de voz o qual não lhe era alheio:

- Filha!!, pousa o vaso. Ainda as partes, não se mexe nas coisas!

Ficou gélida, sem se mover…não havia mais dúvida era a voz do Luís, virou o pescoço em movimento lento, Luís levantara-se ao mesmo tempo, os seus olhos se cruzaram e imobilizaram-se por momentos, desalentado apenas pela doce voz da criança que estava ao lado de Luís, este virou-se e Laura apressou-se a sair.

Seu espírito era agora um remoinho de comoções, foi como tivesse feito um rewind de toda aquela relação, o sabor dos beijos, o calor das mãos, o cheiro da sua pele

O golpe voltou abrir-se e começou a dilacerar.

Sem rumo….perdida em seus próprios pensamentos….sentou-se num banco do parque da cidade, respirou fundo fechou os olhos e sorriu…afinal, era urgente viver e esquecer, embora seu coração teima-se descompassar apaixonado por um louco amor.

Chegou o verão, apesar do inesperado encontro, Laura encontrava-se em boa disposição.

Era sábado, Laura estava especialmente jovial, trazia o seu longo cabelo preto seguro por um gancho da mesma cor dando ao cabelo um toque natural e sensual, trazia um top e uns calções que realçavam toda a sua formosura……assim a caminhar descontraidamente, virou a esquina e descortinou a sua pequena casa, apercebeu que havia lá alguém, mas a distância não a permitia ver com nitidez.

Ao aproximar-se reparou que era um jovem adolescente, com uma t shirt alusiva a uma florista da cidade:

- Senhora Laura?

- Sim, sou eu….

Laura estava com um ar surpreendido e repreensivo. O rapaz trazia consigo um majestoso ramo de flores, que agarrava nas duas mãos de modo firme, apressou em lhe entregar, agarrando agora a sua mota e saindo velozmente.

Laura……tinha uma expressão aturdida, quem poderia ter enviado tão belas flores? Levantou o grande ramo até ao alcance dos seus olhos e contemplou um pequeno envelope, a ansiedade, fez alarmar o suor da suas mãos que apressaram-se em o abrir:

“Querida Laura……que o cheiro destas flores perfume a tua vida…e as suas cores, iluminem o teu dia…..

Laura ficou ainda mais ansiosa, olhando estonteada para os lados……o bilhete tinha finalizado…….“Beijinhos para ti”

(continua)

quinta-feira, 26 de julho de 2007

louco amor II

Laura decidira que seria feliz……e que se deixaria levar pelas eventualidades.

Depois daquela noite Laura nunca mais tivera novidades de Luís…embora não estivesse inquietada, ficava com o olhar ausente sempre que o evocava.

Era Inverno, estava frio e a cidade estava coberta pelo um manto branco….de um branco alvo que tornava a pequena cidade ainda mais serena e calma.

Laura saíra do seu trabalho, agarrou com uma das mãos o longo casaco dirigiu-se até a porta, olhou o cenário a sua volta franziu a testa e agasalhou-se bem ……calçou as luvas e começou a caminhar, um andar lento e penoso, os olhos embargados pelas lágrimas que o vento frio e a saudade de Luís lhe acarretavam. Estremeceu quando ouviu o seu telemóvel a tocar, vasculhou rapidamente a bolsa, numa procura desenfreada, embora com as mãos a tremer, agarrou o telemóvel e atendeu impetuosamente:

- Sim, Luís? Ah! Desculpa Sandra, esta tudo bem e contigo?

A conversa alongou-se por alguns segundos e Laura mordeu os lábios agora ainda mais ansiosa por notícias.

A falta apertava-lhe o peito e a saudade invadia-lhe o ser, mas o frio que se fazia sentir fez com que os seus passos fossem apressados e rapidamente chegou a casa, mas não encontrará Luís como era da sua esperança.

Abriu a porta, com um ar cansado e desgastado, sentara no sofá…pousando o corpo no grande almofadão….foi quando ouviu o telefone a tocar, levantou-se e velozmente, num movimento frenético pegou no auscultador e ouviu a voz sensual de Luís que descompassou o seu coração apaixonado:

- Olá Laura…gostava de estar contigo hoje….posso?

Laura oscilou, mas o seu coração respondeu mais rapidamente que a sua vontade:

- Olá Luís……claro que podes….

Nesse instante, oscilara, Laura sentira que não era a resposta mais adequada mas acabou por condescender

Quando luís batera a porta, Laura adiantou-se a abri-la, envergava um vestido preto que lhe realçava as curvas delineadas do seu corpo, abriu a porta e foi impetuosamente recebida por um beijo caloroso que lhe aqueceu a alma….não houve tempo para palavras.

Luís beijava-a ardentemente, as suas mãos bem delineadas e grandes percorriam com sofreguidão o corpo de Laura, por vezes apertando-a conforme a magnitude do seu desejo, Laura fazia o mesmo, aumentando a tensão sensual que se fazia sentir na sua casa. Entrelaçados faziam parecer um único corpo e em passos lentos e ávidos Luís agarrou-a e colocou-a em cima da mesa de estar…fixo-a por instantes e fez deslizar as alças dos seu vestido admirando os seu seios para de seguida morde-lhe suavemente os mamilos, Laura inclinou a cabeça, sentindo sua alma levitar ao mesmo tempo que o seu corpo estremecia de prazer, foi então que luís apertou-a contra si, e num deleite conjunto perfizeram o desejo há muito acumulado.

Laura ainda se mantinha deitada em cima da mesa a recuperar o fôlego e a contemplar Luís que tinha a sua cabeça em cima do seu regaço quando de súbito sentiu o seu corpo desfalecer, ao ouvir de forma fria e cruel as palavras que agora saiam da boca de Luís:

- Laura, gosto muito de estar aqui, de estar contigo, és atraente, mas eu sou casado e amo a minha mulher, não posso voltar a ver-te.

Estas palavras atravessaram o seu ser como facas afiadas devastando por completo o seu coração
Laura continuou deitada e imóvel…não podia acreditar…com olhar errante mas atenta aos movimentos de Luís, ficou estupefacta ao vê-lo levantar-se, beijar-lhe na testa e sair sorrateiramente.

Luís nunca mais a procurou e Laura era agora amargurada, ocupava a sua mente a analisar respostas as suas dúvidas e incertezas daquela relação, respostas que nunca obtivera, tanta felicidade convertida agora numa melancolia que lhe corroía a alma.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Louco amor

Laura acordou ainda ensonada, com olhar inexpressivo, reparou que Luís já não se encontrava ao seu lado, o habitual, ele fazia-o sempre, e ela sabia.

Luís era de poucas palavras, pouco sabia da sua vida, apenas o essencial, que trabalhava numa empresa imobiliária, que vivia sozinho e que não pretendia obter qualquer relacionamento mais estável.

Os acontecimentos eram feitos a seu género e como tal procurava-a quando achava mais oportuno. Laura por sua vez lutava para não ceder aos seus encantos, mas Luís era um homem sedutor e sabia como fascinar uma mulher com a sua amabilidade e romantismo sempre com um padrão adequado.

Nessa mesma noite, apesar da relutância de Laura em encontra-se novamente com Luís, ao chegar a casa encontrara-o sentado nas escadas com as suas flores preferidas sustidas na mão e um sorriso largo e malicioso, um olhar arrojado, que desarmou de imediato as intenções de Laura em oscilar.

Estiveram horas a conversa, um diálogo interessante, Laura gostava da forma como Luís abordava os temas e do modo tão sábio como encarava-os.

Um bom vinho acompanhava a conversa e no meio de risadas faceiras, beijavam-se arduamente. Luís segurava-lhe amavelmente a sua nuca, enlaçando os seu dedos pelos seus longos cabelos puxando-a cada vez mais para junto do seu corpo que afogueava de prazer,

Lentamente tirava-lhe a blusa beijando os seus seios, deixando-a indolente e cedida a um prazer sem limites, as suas respirações ofegavam e oscilavam ao ritmo que o corpo ia adoptando, completamente despidos de preconceitos, num amor louco,

Luís aperta-lhes as pernas, separando-as e suavemente desliza pela sua pele macia, deixando-a em êxtase, o suor que os corpos libertam alarma o prazer sentido e rapidamente entregam-se por completo, entrando numa dimensão de plena deleitação.

Luís tinha a satisfação de lhe dar prazer

E apesar da resistência de Laura, agora com um olhar eloquente, admitia que aquele amor irracional lhe trazia alguma felicidade

Enquanto durasse seria feliz… e isso era o essencial.

sábado, 21 de julho de 2007



O beijo é a forma mais credível da manifestação do amor.

Existem várias formas de beijos:

O beijo amigo, que nos enche de alegria e de gratidão, que nos afaga a face transpondo calma e serenidade

O beijo paterno incondicional, repleto de amor de um amor único e revogável, para todo o sempre que difunde segurança e confia-nos forças necessárias a nossa longa caminhada.

O beijo saudoso, que alimenta as nossas memórias e que nos rouba um sorriso melancólico da lembrança de uma adeus.

O beijo apaixonado, que nos tira o fôlego, que acelera o coração em batimentos rápidos e fugazes, colocando-nos num estado supremo de prazer.

O beijo dos amantes, beijo proibido que nos queima os lábios, aguçando os nossos sentidos e nos arrebata para uma aventura sem limites e regras

O beijo falso que nos suga as energias, que nos suja a face e depõe a tristeza

Beijos…… uns eternos outros supérfluos…

Beijos.....beijo.....beijem.....

beijar, independentemente da sua forma acalentam-nos o ser….e ajudam-nos a crescer!!

quinta-feira, 19 de julho de 2007

terça-feira, 17 de julho de 2007

A dança da sedução

Há muito que sara e Ana desejavam visitar a discoteca onde se ouvia e dançava-se ritmos latinos.
Sara sempre fora atraída pela sensualidade que aquelas danças acarretavam, sempre teve vontade de aprende-las, via naquelas danças uma entrega genuína do corpo,Cada movimento era sentindo como um instante de êxtase, numa mútua conjugação de ritmos, com o elementar intuito de saciar a mente, libertando a alma, tornando-a mais suave.

Desejava sentir-se assim…imponderável.

Chegado ao endereço pretendido, entraram ansiosas por presenciar espectáculos rítmicos, não ficou surpresa com o que viu, embora nunca tenha estado num sítio idêntico, vira em filmes toda aquele encenação que agora revia de uma forma mais autêntica e avassaladora, o espaço em que se encontravam disseminava sensualidade e alegria.

Sentaram-se a observar as pessoas que dançavam de uma forma tão brilhante e faceira, estavam fascinadas, pediram uma bebida e ali ficaram por alguns instantes.
Sara apercebeu-se que estava a ser observada e Ana a incentivou, afinal a sua intenção era desfrutar daquele prazer que há tanto o desejava, deixou-se envolver pelo momento.
O rapaz de nome Pedro aproximou-se e desafiou-a para uma dança, explicara ser uma precipitante, mas isso não o demoveu e em breve segundos, sara encontrava-se na pista,
Inicialmente tímida e alheia ao ritmo que tocava deixou-se levar, decidiu fechar os olhos e a sonância que se fazia sentir invadiu o seu ser,

Sentiu as mão de Pedro conduzi-la, foi uma dança intensa a qual Sara deixou o seu corpo ser transportado, sentiu a sua alma levitar e o calor dos corpos entrelaçados naquilo em que ela chamava a dança da sedução.
Sentiu o seu cabelo longo e negro redemoinhar vezes sem contas pelos ombros e rosto de Pedro, as suas pernas entrelaçarem na dele num movimento sinuoso e conexo,

Experimentou o perfume atraente que aliviavam os seus corpos e a ardência da sua boca quando Pedro a puxava contra a sua face, para rapidamente lança-la na pista num movimento preciso e sensual.

Dançou…dançou uma dança resgatadora.

Uma dança feliz….que lhe aclarou a alma.

Regressou a casa com uma esperança renovada e a promessa de um reencontro com Pedro, nesse instante sorriu…… um sorriso opulento de contentamento.

sábado, 14 de julho de 2007

Pôr do sol



As imagens causam-me uma real aptidão para reflectir e inesperadamente deixar fluir palavras que descrevam tamanha grandeza, como esta: A de um por do sol.

Quem é que nunca ficou extasiado…inerte ao deparar-se com um por do sol?

Quem que nunca ficou instantes errantes a inalar toda a sua beleza?

Quem é que nunca sentiu a magnitude da sua perfeição aspirar-se por entre os poros eterizando a alma?

E por fim sentir que valeu viver para presenciar e embargar na retina a excelência genuína de um cenário como este, que nos alaga o espírito, atordoando-o de felicidade

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Só hoje


"Só por hoje eu não quero mais chorar

Só por hoje eu espero conseguir

Aceitar o que passou e o que vir

Só por hoje vou me lembrar que sou feliz."

Renato Russo - Legião Urbana

terça-feira, 10 de julho de 2007

O primeiro amor


Pretendia (pretendo:D) escrever sobre o primeiro amor, escrevi num bloco de apontamentos e acautelei-me, mas passando pelo blog do zaba, deparei-me com uma aprazível narração do “primeiro amor”.

Que coincidência!!! …….Pensei……mas afinal de contas nos temos as mesmas inquietações e reminiscências, vivemos uma vida inteligível, embora distintas.

Temos percepções dissemelhantes o que nos diferencia dos outros, actuando experiências diferenciadas, crescendo cada um a seu ritmo.

É sempre bom partilharmos as nossas vivências!!

Pelo que decifrei no blog do zaba, notei que a recordação do seu primeiro amor continua viva. A mim acontece o mesmo. O primeiro amor nunca se esquece, fica sempre uma lembrança ingénua, impressões das primeiras sensações sentidas, e a recordação de uma descoberta mútua de sensibilidades.

O primeiro contacto com aquilo que veria a ser um impulsionador das nossas vidas: o amor.

Evoco nitidamente, comoções de uma clara sedução que acalentava os nossos dias.
As pernas vacilantes, cada vez que ele se aproximava, o bater do coração descompassado cada vez que ele falava e por fim um enriçar da pele misturado com sensações inexplicáveis a cada toque, a cada beijo.

Nesse momento….o amor passa a ser um elemento fulcral na nossa vida.

Respiramos por ele

Caminhamos por ele

Sonhamos com ele

Vivemos para ele

Numa procura desatinada do amor….

Um amor perfeito e pleno.

Procura árdua, mas legítima, compete a todos encontrar e alimentar da forma mais simples que há……amando!!



A letra desta música é o complemento do que disse:

“Meu primeiro amor foi como uma flor que desabrochou e logo morreu”




segunda-feira, 9 de julho de 2007


O fim de semana foi encantador.

Extravasamos, esquecemos as contrariedades da vida, rimo-nos a gargalhada, rimo-nos…rimo-nos, convivemos, e dançamos abundantemente.

Um fim de semana comensurado para a satisfação dos nossos desejos de que há muito precisávamos. “VIVER A VIDA”.

Fomos ter com amigos.......uma amiga que considero especial, que para além de nos acompanhar em todos os momentos da nossa vida, tem o talento de causar genuínas investidas de gargalhadas, de uma imaginação prodigiosa. Tem sempre graças novas, aventuras cómicas que conta espontaneamente, mantendo o seu sorriso brejeiro, enquanto presencia o impacto que as suas deleitáveis histórias causam nas pessoas.

Foram noites……pândegas, com a inspiração da lua e da sonância do mar.

De um infinito mar….que inundou-me a alma, revigorando-a.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Até já :D

Eu e a estrela do mar vamos passear...deitar conversa fora,dançar,beber umas caipirinhas(sugestão do mestre abssinto),reencontrar amigos,abraçar o dia e a noite de Lisboa,menina e moça...

Estrela do mar e Simplesmente maria desejam a todos um bom fim de semana

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Serões




Estou a curtir bué….por imagens aqui na minha casinha. Sempre gostei muito de fotografias. As fotografias têm muita expressividade e têm o dom de imortalizar momentos, quase sempre, ou mesmo sempre agradáveis e felizes.

Eu tenho muitas dessas fotografias que me fazem recuar no tempo, trazendo consigo uma certa nostalgia.

Isto para vos dizer que estava a ver algumas das fotografias que tirei, no Brasil, no tempo em que lá morei…que fez-me recordar um episódio bastante feliz e que explica, a minha fascinação por música brasileiraJ

Era eu ainda pequenita quando assistia a verdadeiros espectáculos ao vivo, de músicas que marcam a minha vida.

Pessoas, que como tantas outras, seguíam a sua vida normalmente, entre a família, profissão e sobretudo amor à vida, viviam como se fosse o último o que os tornavam pessoas optimistas e felizes, pessoas bem dispostas, de bem com a vida.

Assim….a luz da lua cheia e das estrelas que iluminavam a noite, uma noite prateada de um céu mágico de uma magia inigualável, os amigos (adultos e crianças) juntavam-se para uma convivência animada. Os adultos conversavam sobre coisas do quotidiano, as crianças brincavam alegremente a som do burburinho que se fazia sentir.

Era então, que alguém lembrava-se de ir buscar uma viola, começava a tocar os primeiros acordes, as pessoas deixavam-se levar pelo som e em poucos minutos não era apenas a melodia da viola que enchia a noite, formava-se uma verdadeira orquestra, com instrumentos improvisados, uma simples caixa de fósforo, a tampa de uma mesa que oscilava com o batuque das mão e uma voz bem afinada compunha a música alegre que animava os serões.

Trem das onze….a música que fez desses serões inesquecíveis e que ainda hoje arrepia-me a pele e me faz sonhar

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Um pouco de mim.....


Que grande porcaria!:D
Só poemas e mais poemas…queria falar-vos de mim….um pouco….de mim…
Mas tenho tão pouco para vos dizer….
Podia falar de politica, que é um assunto do qual tenho algum interesse, mantenho-me informada, não sou leiga mas penso que não tenho “bagagem” suficiente para transmitir algo conciso e concreto, apenas vos digo que são todos uns grandes palhaços, que têm transformado Portugal num país de terceiro mundo.
Sobre o amor…há tanto para falar sobre o amor, mas amores antigos, lembranças antigas….
O meu amor é um amor calmo, sem turbulências, um amor construído na confiança, no respeito mútuo, na amizade, no companheirismo, sem dúvida o meu melhor amigo, o que está presente em todos os momentos da minha vida e que apoia-me incondicionalmente. Um amor que surgiu de uma forte paixão, daquelas que nos queima por dentro, louca, arrebatadora, mas que teve a capacidade de se tornar num amor verdadeiramente genuíno e puro.
Agora é assim…simplesmente lindo, calmo, um porto seguro.
Sei que muita gente não acredita que haja amores assim: verdadeiros que nos preenchem por completo, eu sei que é difícil, mas eu encontrei e espero conservá-lo assim…eternamente.
Ter um amor assim já é muito, mas não é tudo, a nossa vida não resume-se ao amor entre duas pessoas, é preciso ter amigos, aqueles que fazem a diferença e que preenchem uma outra parte da nossa vida, que alegrem os nossos dias, que nos arranquem gargalhadas, com que possamos partilhar opiniões, dúvidas….enfim.
Um pouco de mim…acho que já têm um pouco de mim :D

Mais uma:))

E depois de tantos poemas:)), uma música brasileira para variar um pouco:D
Caetano Veloso no seu melhor.

domingo, 1 de julho de 2007



Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!

Florbela Espanca